domingo, 20 de novembro de 2011

Documentário Conexão Manguezal

Compartilho com vocês o documentário CONEXÃO MANGUEZAL realizado em homenagem ao aniversário de 30 anos da Escola Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Maria Ortiz, Vitória, ES. O video retrata o processo de ocupção do bairro de Maria Ortiz, Vitória, ES, Brasil, sob a ótica de dois caranguejeiros e um estudante da escola. Meus agradecimentos a todos que participaram do Projeto de Extensão Conexão Manguezal e de todos que ajudaram na realização deste documentário.

http://vimeo.com/32358890
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Exposição Fotográfica Conexão Manguezal




Mangue preto, Laguncularia racemosa

Siribeira, Aviceni shaueriana

Visita técnica realizada com os professores da Escola Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Maria Ortiz, durante o curso de atualização oferecido pela UVV.
O bairro de Maria Ortiz, assim como muitos outros de Vitória,  foi construído sobre uma floresta de mangue. Uma área de aproximadamente 900 hectares (leia-se 900 campos de futebol) foi aterrada somente no manguezal da Baía de Vitória. E para piorar a situação, a maior parte do aterro foi feita com o lixo produzido pela cidade.


Expedição realizada pela UVV, Instituto Capixaba de Ecoturismo e Secretaria municipal de Meio Ambiente para mapeamento dos locais onde seriam levados os professores durante a visita técnica.

O projeto foi iniciado na escola municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira - JKO, onde fomos muito bem recebidos pela diretora,  coordenação pedagógica, professores e alunos. Na escola realizamos um curso de atualização para os professores e estamos desenvolvendo oficinas sobre a ocupação dos manguezais, artes cênicas e gastronomia do manguezal.

Visita técnica ao manguezal realizada com os professores da escola Juscelino Kubitschek de Oliveira - JKO

Juscelino Kubitschek de Oliveira - JKO

Na oficina de "Gastronomia do manguezal",  por sugetão de uma professora de ciências, trabalhamos com três ingredientes que são ícones da culinária capixaba: o siri (casquinha de siri), o camarão (bobó de camarão) e o robalo (moqueca capixaba).
Cozimento do siri para a desfiação.

Casquinha de siri: na Ilha das Caieiras, uma comunidade de Vitória- ES, muitas famílias vivem da pesca e da desfiação do siri.
Os alunos na primeira parte da preparação do bob: descascar o camarão.

Ingredientes do bobó de camarão, as receitas podem ser acessadas no link:http://conexaomanguezal.blogspot.com/2011/08/gastronomia-do-manguezal.html




Preparação do bobó.

Para ensinar o preparo dos pratos, ninguém melhor do que as paneleiras de Goiabeiras, que além de produzirem manualmente as autênticas panelas de barro capixabas, cozinham muito bem! Na foto Eonete nos ensina o preparo do bobó de camarão.

Além de participarem do preparo, os alunos puderam saborear também essas delícias.


Registros do bastidores do projeto feitas pela coordenadora do curso de Turismo e Eventos da UVV, Profa. Maria Aparecida Javarini.

sábado, 10 de setembro de 2011

Quem somos

O projeto de extensão Conexão Manguezal surgiu da necessidade de envolver a comunidade do bairro de Maria Ortiz (Vitória - ES) com o projeto de pesquisa Monitoramento e recuperação de áreas degradadas de manguezal da Estação Ecológica Municipal Ilha do Lameirão, Vitória-ES: Etapa I - Plantio de mudas”, ambos desenvolvidos por professores da  Centro Universitário Vila Velha - UVV. 

 O curso de Turismo, com a participação do curso de Comunicação Social, de Artes Cênicas e de Fotografia, da Universidade Vila Velha - UVV desenvolverão um projeto conjunto de Educação Ambiental nas escolas públicas municipais da região do Lameirão, em Maria Ortiz, Vitória, ES. O nosso projeto piloto será na Escola Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Maria Ortiz, bairro onde está sendo desenvolvido um projeto de reflorestamento do mangue. São parceiros do projeto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMMAM e o Instituto Capixada de Ecoturismo.
Embora muitas famílias que residem no bairro tirem o seu sustento do manguezal, é possível notar que grande parte da população local têm uma visão negativa do mangue. É grande o acúmulo de lixo no local. Há inclusive móveis velhos que ali são descartados. O lançamento de esgoto no manguezal é também um problema sério enfrentado por essa comunidade. No intuito de entender o processo de ocupação do manguezal, estudar a sua importância e, dentro do possível, transformar essa realidade, o presente projeto vem propor um rol de ações educativas a serem realizadas nas escolas públicas municipais do bairro, promovendo a sensibilização de professores e alunos da Rede Municipal de Educação, para que estes possam agir como multiplicadores a comunidade. 

Manguezal localizado em frente ao bairro de Maria Ortiz



Vista aérea do manguezal da Baía de Vitória - ES, o bairro Maria Ortiz aparece na parte direita da imagem.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O ecossistema manguezal e sua importância sócio-ambiental

Segundo capítulo do livro "Argonautas do Mangue", de autoria de André Alves. Descreve a importância socioambiental do ecossistema manguezal.  Este material pode ser utilizado desde que a referência seja citada: ALVES, André. Argonautas do Mangue. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, 2004.

Clique no link abaixo e faça o download do segundo capítulo do livro:
http://www.4shared.com/document/CbbNq94j/Capitulo_02_de_Argonautas_do_m.html

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

História da ocupação dos manguezais da baía de Vitória

Este texto consiste no primeiro capítulo do livro "Argonautas do mangue", de autoria de André Alves. O material descreve a ocupação dos mangueais da baía de Vitória. Este material pode ser utilizado desde que a referência seja citada: ALVES, André. Argonautas do Mangue. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, 2004.

Clique no link abaixo e faça o download do primeiro capítulo do livro:

http://www.4shared.com/document/pOUXTLlr/Capitulo_01_de_Argonautas_do_m.html

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Material didático

Este kit didático foi produzido pela equipe do Projeto Caranguejo, que trabalhou nos 06 maiores manguezais do Espírito Santo de 2001 a 2005. Ele trata de assuntos como a fauna e a flora do manguezal, com um enfoque na bioecologia do caranguejo uçá, Ucides cordatus, e os caranguejeiros que sobrevivem da sua captura.O material pode ser utilizado desde que a fonte seja citada.

Para baixar o kit em forma de slides do Power Pointe clique no seguinte link:
http://www.4shared.com/file/DNAZfam3/Kit_didatico.html

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Gastronomia do manguezal

Boa parte dos pratos típicos da culinária capixaba são elaborados a partir de ingredientes pescados no manguezal ou que dele dependem para sua sustentabilidade. Temos, dessa forma, uma conexão direta entre o manguezal e a nossa gastronomia. Vamos conhecer aqui um pouco mais sobre algumas espécies muito utilizadas na culinária capixaba.
Há milênios o ser humano utiliza os recursos do manguezal como fonte de alimento. No manguezal da Baía de Vitória isso pode ser constatado através da presença de sambaquis: depósitos de conchas, ossos e carapaças de crustáceos.  Estes testemunhos revelam os recursos alimentares de origem animal provenientes do manguezal, utilizados pelos indígenas.
Alguns animais como o camarão, o siri e o robalo, que eram consumidos há milênios, permanecem até hoje como os principais ingredientes em nossa culinária. 



 01 - Siri


Os principais tipos de siri pescados e comercializados no manguezal são:

Siri-açu
O siri-açu (Callinectes exasperatus) é encontrado nos canais de maré do manguezal, em buracos ou em poças no interior da floresta de mangue. Apresenta coloração esverdeada e grandes dimensões. É considerado uma iguaria pelos apreciadores de crustáceos e por isso alcança o maior valor comercial.


Siri tinga
O siri, Callinectes danae (siri, siri tinga, siri azul), é aquático, vivendo em estuários e na zona costeira. Apresenta coloração azul-esverdeada na carapaça, azul intenso no dorso das patas e branco na região ventral. A carapaça é achatada e o último par de patas tem a forma de remos. É onívoro, ou seja, alimenta-se de produtos de origem vegetal e animal.
Apresenta grande valor comercial. No bairro Ilha das Caieiras, é uma das espécies de siri mais utilizadas na para pesca e desfiação. 


Casquinha de Siri


 Ingredientes

  • 01 kg de siri
  • 02 cebolas picadas
  • 02 dentes de alho
  • 01 maço de coentro
  • 150 g de farinha de mandioca
  • 150 ml de azeite de oliva
  • 50 g de manteiga
  • Sal

Modo de preparo


Refogue em uma panela de barro e no azeite de oliva a cebola e o alho picado.
Coloque o siri desfiado e o sal a gosto.
Refogue sempre mexendo até que fique bem sequinho e acrescente o coentro.
Sirva na própria casquinha de siri, que foi lavada e secada previamente
Derreta a manteiga em uma outra panela e doure a farinha
Sirva como acompanhamento.


 02 - Camarão
 


Camarão
Alguns animais passam toda sua vida no manguezal, são os residentes, como, por exemplo, o caranguejo do mangue. Outros passam fases do seu ciclo de vida no manguezal. São os semi-residentes, como os camarões branco e rosa, que se desenvolvem no estuário, migrando para o mar na fase jovem. Dessa forma, o camarão é um animal que depende do manguezal para sua sobrevivência, sem a presença desse ecossitema para o crescimento de seus filhotes ele pode desaparecer. Outros utilizam este ecossistema para se alimentar, repousar e reproduzir, são os visitantes, como muitos peixes, répteis, aves e mamíferos.

 
Ciclo de vida do camarão

Receita do Bobó de Camarão

 Ingredientes
  • 1 1/2kg de camarões frescos
  • Sal, suco de limão
  • 1kg de mandioca
  • 1 cebola cortada em pedaços
  • 1 vidros de leite de coco
  • 3 colheres (sopa) de azeite
  • 2 cebolas raladas
  • 2 dentes de alho
  • 8 tomates bem maduros
  • 2 colheres (sopa) de salsa e cebolinhas picadinhas
  • 2 molhos de coentro picadinho
Modo de preparo
  • Limpe e lave os camarões.
  • Tempere-os com suco de limão e sal a gosto e deixe descansar por 1/2 hora.
  • Afervente as cabeças e as cascas em um pouco de água, coe e apure 1 xícara de chá do caldo.
  • Descasque a mandioca, retire os fios, pique em pedacinhos e leve ao fogo em uma panela grande com a cebola picada, água que dê para cobrir e sal a gosto.
  • Deixe cozinhar bastante, até que amoleça.
  • Retire do fogo, deixe esfriar um pouco e bata no liquidificador com o leite de coco.
  • Refogue as cebolas raladas e o alho no azeite de oliva, junte os tomates batidos no liquidificador e a xícara de chá de caldo, a salsa, a cebolinha e o coentro picados.
  • Quando começar a ferver junte os camarões e cozinhe por 10 a 15 minutos.
  • Acrescente então o creme de mandioca, prove o tempero e deixe ferver mais um pouco, mexendo sempre.
Rendimento:  8 porções

 03 - Peixe: robalo

Peixes de escamas. Das seis espécies de robalo encontradas no oceano Atlântico, quatro são capturadas no litoral do Brasil, destacando-se principalmente o robalo-flecha ou robalão (Centropomus undecimalis) e o robalo-peba (Centropomus paralellus). Ambas possuem o corpo alongado e comprimido e a mandíbula inferior saliente. O robalão é a maior espécie da família, alcançando 1,2m de comprimento total e 25kg. O robalo-peba é menor, alcantando 50cm de comprimento e 5kg. São espécies costeiras, ocorrem em manguezais e estuários. São encontradas em águas salobras, podendo ser capturadas desde a barra dos rios ate vários quilômetros acima da foz, principalmente na época de desova. Gostam de águas calmas, barrentas e sombreadas, e ficam próximos ao fundo. Alimentam-se de pequenos peixes e crustáceos, especialmente camarões e caranguejos. São muito apreciados como alimento, especialmente na região Sudeste, e, também pelos pescadores esportivos, porque proporcionam uma luta espetacular, principalmente os grandes exemplares.
Fonte: http://www.anzoldepratapiscicultura.com.br/robalo.html

Moqueca de Robalo 

Moqueca de Robalo
-1kg de posta de robalo
-3 tomates maduros
-1 maço de coentro
-1 maço de cebolinha verde
-1 cebola de cabeça grande
-1 limão
-4 colheres de sopa de azeite
-sal a gosto
1 dente de alho esmagado
-1 colher de sobremesa de coloral

Modo de Preparo:
Limpe o peixe e lave com limão. corte o peixe em
postas (mais ou menos 1 dedo de espessura). Pique todos os
temperos e soque o alho com um pouco de sal.

Coloque a panela de barro para esquentar.Depois da panela
aquecida acrescente o azeite junto com alho deixando
dourar.acrescente o coloral mexendo para não deixar queimar.

Adicione uma parte dos temperos (cebolinha, tomate, cebola e
coentro) em camada e apos faça uma camada com peixe. Regue com o suco de 1/2 limão
sobre o peixe. Finalize com os outros temperos, cobrindo todo o peixe. Acrescente o sal a gosto. Deixe cozinhar por 15 minutos.
Depois de cozido regue com azeite e sirva com a moqueca borbulhando.
Não mexa a moqueca com colher após colocar o peixe. Para não deixar queimar basta balançar a panela de barro freqüentemente. Se mexer com uma colher o peixe pode ficar espedaçado.